sexta-feira, 28 de maio de 2010


NAVEGAR PRECISEI
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Dia ainda e de repente
despedaçado coração
sentiu vontade larga de navegar.
.
E na enxurrada lenta
que calava a voz da rua,
naveguei bonito
no raso dos olhos mais cinzentos
de uma cidade sem poente.
.
Vai daí, coração se arrumou todinho
dentro de um pequeno barco de papel
e lá se foi...
.
Enquanto isso, o magro corpo
malemá conseguia se despejar inteiro
no leito das velhas esperanças
e das inutilidades deste tempo.
.
Ignez Sparapanni

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