quarta-feira, 22 de setembro de 2010


SÓ COMO CANÇÃO
.
Eu volto,
respiro e descanso, cresço porque é dia...
Me revolto,
fujo e entristeço,
é noite, covardia.
.
Se me abandono,
tu crês que diminuo
e me aviltas...
.
Então, me prolongo,
crio asas e vôo no silêncio:
_não é noite,
não é dia.
Sou canção no espaço, pura poesia.
.
Ah!... Só como canção
eu pude ser verdadeiramente amada.
Crescendo ou diminuindo,
como gente, eu não sou nada.
.
Zoraida H. Guimarães

Nenhum comentário:

Postar um comentário